quinta-feira, 12 de março de 2009

Lápis Gasto

Quando se diz que teologia é escrita à lápis, sou obrigada a concordar.

Amanhã não se compra o que hoje se diz...

E toda a religiosidade, as normas, os temores, as regras... tudo é muito indefinido e superestimado também.

Os cultos - me refiro às reuniões e não à nossa vida, como deveria ser - deixam de ser para cultura ao Senhor e passam a exercer a simples função de espaço onde nos refugiamos de nossos problemas, buscando as soluções de Deus.

Todo o tradicionalismo, toda engravatação... a bem da verdade, pode ser produtiva... mas não em razão de alguma razão. [hein???]

É isso, os membros não sabem o que estão fazendo. Não sabe a diferença do pentecostalismo pro neopentecostalismo e vivem repetindo que suas igreja são avivadas, são melhores do que antes, menos rígidas... e caem no abismo de acreditar que toda igreja é igual.

Tudo é muito inconsciente, conceitos arraigados, domesticação, costume !

Entram e saem da igreja, ensaiam, cantam... muitos estão mesmo na fé, creem em Deus, no seu poder... e tallvez mesmo esses estejam de olhos fechados para um evangelho intelectual, que busca respostas não só para os conceitos bíblicos, mas para seus muitos modos de interpretação.
Se fecham a uma cultura própria, na certeza de que é a melhor.

Quem liga, afinal? Se essa ovelha te seguir sem fazer perguntas, porque se deveria explicar como é o mundo? Se resolveu seguir... que siga!

Pareço generalizar, mas não é isto que pretendo.

Até porque há líderes que pensam de outro modo, que entendem e que fazem questão de explicar...

A maioria desconhece outro universo, e só se decide pela mudança quando algo - por vezes próprio daquele ambiente - lhe incomoda ao extremo... e quando isso acontece não há muitíssimo mais rigor na escolha da próxima igreja, que conhecer um alguém dali ou de lá.

Gasto está esse tal lápis, que apaga coisas, distorce outras, confunde a maioria e nada resolve.

A simplicidade de Jesus Cristo... onde será que ficou?